terça-feira, 3 de maio de 2011

O Adeus do Pai.

Meu tempo acabou e os longos dias que não te disse nada, hoje me fazem falta. Os pequenos olhos, pés cambaleantes, gestos frágeis, o espanto em seu rosto e a canção preferida que não ouvi. Agora é tarde. Tudo já passou. Os melhores anos, os lindos sorrisos de quem sonha, as declarações de amor em público e os sentimentos confusos.

E o que lembro agora? Os gritos de ajuda que não respondi, a revolta que não entendi e suas lágrimas estalando em meu peito. E ainda estou aqui, enquanto você já foi. E a palidez em seu rosto foi meu mundo sem graça.

É minha vida que cai, o ar que se esvai, no mar do que não foi porque esperei demais.