domingo, 14 de outubro de 2007

Pós.


Somos a existência em sua fluidez máxima
Seres líquidos em mutação permanente
Somos o começo pelo fim
Uma razão sem um por que
Inacabados, imprecisos
Inerente a nós é tudo que não somos.
Somos o afastado
Um coração em fúria,
Desgovernados na normalidade
Somos o cotidiano castro
Sem permanências, rasos, tolerantes.
Somos reticências, frases inacabadas.
Somos isso tudo e um nada.
Somos planos escritos no papel e as folhas sempre voam! Voam! Voam!


OBS: Homenagem póstuma à fluidez e à fragmentação de todos os corações.

sábado, 13 de outubro de 2007

Retorno.

A gente se vê num dia desses
Quando eu voltar do meu mundo de abstrações
E cair no teu colo
Embebido do teu olhar
Ouvindo de tua voz cálida
Que vai ressoando em minha alma frágil
Esculpindo em meu coração sereno amor.

Efêmero Amor.

Escrevi versos no guardanapo da lanchonete
Risquei paredes com teu nome
Guardei as mensagens dos bombons
Fiz uma canção pro verão
Acordei mais cedo pra esperar teu ônibus
Joguei pedras no ventilador
Apaguei o sol mais tarde
Desliguei todos os relógios
Parei a vida pra ti esperar passar
Fiz do risco vontade de ficar
Só pra você reparar ...
Que meus dias não estão fora do lugar
Que meu coração não quer mais palpitar
Que minha sombra não quer mais andar
Que minha vida trocou meu corpo pra em outro morar.