sábado, 26 de março de 2011

A Liberdade de Minha Prisão ao Teu Olhar.

O que começa por seus olhos enigmáticos não pode ter simples solução, porém, o aperto que me dá no peito, acelerando e distorcendo meus pensamentos cada vez que prendo diante deles só me permite uma coisa: a distração permanente de decifrá-los e cair em cada uma de suas armadilhas. O desdenhar de seu sorriso só inflama o meu peito, tomando-me em uma coragem triunfante, matando dragões e desafiando os deuses, só pra que possa me aproximar de sua boca casta e seu seio juvenil que me são impedidos pela distância que estes obstáculos me levam. Se puder, deitarei serenamente em seus braços esperando o sinal do tempo pra que não tenha mais nada a fazer, nem cansaço, nem medos ou qualquer receio. Minha idéia era passar meus dias, todos eles, ali preso ao seu mundo onde eu finalmente era livre.

sábado, 5 de março de 2011

Canção do teu corpo sobre o meu.


Em órbita sobre tua língua,

Meu coração tua retina,

Teus seios minha perdição,

Que me encontro em tuas pernas,

Nesse sabor de tentação.

Em você deixei o breu

Me tornando todo seu

Vibrando no teu eu

Minhas mãos te devoram:

No lençol, na poltrona

Na barra, babilônia.

Teu cheiro no meu corpo

Num silêncio, num sufoco,

De uma música sem refrão

Bate lento, estremecendo

Meu corpo em flutuação.

Abrindo tuas pernas, tocando tuas coxas

Vulgar a sensação

De andar devagarzinho, tocando teu umbigo

Tamanha satisfação

Tuas mãos me tocando

A paisagem rodando.

Somos fiéis à curtição,

De toda essa loucura

Me derramo sobre a bermuda,

Ouço vozes confusas, que não sabem onde estão.

São todos figurantes, do mundo que não era antes

Dessa nossa canção.

Em que nossos corpos se confundiam,

E tudo estremecia

Na voz em euforia, que ardente me pedia, para em ti ficar.