terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Dia do Tempo.

E assim quase sem querer
Sem nenhum por que
A gente passa a entender
Que o tempo é só disfarce
Para o que sempre irá chegar.

E um dia a gente dorme
E esquece de pensar no tempo
Então ele pensa na gente
E lembra que nosso dia tá para chegar.

E um dia a gente chega no dia acordar
Então a gente percebe
Que o que passou era só um motivo pra chegar
Naquele dia de acordar.

E um dia a gente acorda
E vê que tanto tempo passou
E tudo que ficou foi uma dor
Que em tempo nenhum pode passar.

Destinatária do Fim.

Forte é a morte que carrega o dia.
Que diminui o tempo.
Suga o gosto.
Seca o rosto.
Marca o peito com um punhal
Não mede nada
A todos separa.
Não chora
Não pensa
Segue em frente o seu destino
Esse é seu caminho
Até o dia que possa a morte morrer em paz.

Versos da Tristeza.

Refreios sem nexos
Distantes medidas do que eu perdi
Esse outro alguém que não sei mais quem sou
Parti e fui.
Não mais voltei
Deixei cansado a dor.
Pairei sobre a melancolia.
Desgostoso da vida.
Cheio de nada e confuso.
Meu mundo parou,
Cansou de viver.

O tempo passou
Nada mudou.
Sem magia.
Sem brilho.
Parado em grande movimento
O que sobrou?
Um instante momento
e nada mais ou capaz de ser
mais do que nada.