terça-feira, 11 de setembro de 2007

Espectro.


Não importa. Nada mais importa. Tudo que sou são lembranças, restos de outro alguém que hoje eu desconheço. Minha vida é apenas uma desculpa pra morte, um desafio já perdido, uma canção sem notas, um suspiro de tolas palavras.
Onde eu fui parar?
Por que sou assim?
Quem sou?
O que é esse mundo?
Diga-me alguém onde estão as respostas, se é que elas existem?

Sonhei mais alto que eu poderia. Ninguém pode falar que não sonhei.
Desesperadamente acreditei. Percorri os caminhos e estradas esperando alguma coisa acontecer. Por que “deus parece às vezes se esquecer”? Ou fui eu que esqueci?
Hoje não acredito em mais nada, nem em mim.
Sem esperanças, sem expectativas. Só desalentos, desenganos. Partido em saudades, do que eu não sei.

Onde estará minha alma?
Por que lugares sombrios ela agora percorre?
Onde estará o teu espírito que já não sinto percorrendo os meus poros?
Responde-me, me diga alguma coisa, fale comigo, não me deixes ir, não me deixes, afinal, o que sou hoje além do que o que sobrou de ti em mim. Sempre acreditei em ti, mas hoje já não sei, fale dessa vez, pois não sei se terei forças para uma próxima.
Meus dias são gastos ininterruptamente em nada, um vazio assustador, que tira minhas forças, que tira minha fonte, minha vida.

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